A incontinência urinária de esforço é um problema comum que afeta principalmente as mulheres, causando constrangimento e impactando significativamente a qualidade de vida.
Ela é caracterizada pela perda involuntária de urina ao realizar atividades que aumentam a pressão intra-abdominal, como tossir, espirrar, rir ou levantar objetos pesados. Essa condição é causada por fraqueza da musculatura do assoalho pélvico.
O diagnóstico da incontinência urinária de esforço é clínico sendo avaliado as queixas da paciente e o exame físico com a bexiga confortavelmente cheia onde haver’[a a perda de urina durante manobras de esforço
Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento da incontinência urinária de esforço, destacam-se a gravidez e o parto vaginal, a menopausa, a obesidade, o tabagismo, a idade avançada e a prática de atividades de alto impacto. Mulheres que apresentam esses fatores devem estar atentas aos sintomas e buscar ajuda médica especializada para um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz.
O tratamento inicial deve incluir medidas conservadoras, como a fisioterapia pélvica, perda de peso, e modificação do estilo de vida. Em alguns casos específicos, como halterofilistas que perdem durante a prática esportiva intensa, pode-se usar o pessário cubo. Em casos mais acentuados ou onde houve a falta dos tratamentos conservadores, a cirurgia está indicada.
A cirurgia de sling é o procedimento cirúrgico mais utilizado e eficaz para o tratamento da incontinência urinária de esforço. O sling é uma faixa ou fita de polipropileno, inserida sob a uretra média, sem tensão para oferecer um suporte ao esfincter e ajudar a manter a continência urinária durante atividades que aumentam a pressão intra-abdominal.
Existem 2 tipos principais de sling, o transobturatório e o retropúbico que diferem principalmente na técnica de inserção e angulação no posicionamento da tela.
O procedimento de colocação do sling geralmente é realizado por via vaginal em centro cirúrgico sob anestesia. Durante a cirurgia, o sling é posicionado estrategicamente na uretra média e sem tensão garantir o suporte necessário.
Durante o procedimento é realizado a cistoscopia para avaliar se houve perfuração vesical ou uretral e confirmar o posicionamento correto da tela.
Após a conclusão da cirurgia, a paciente permanece em observação por algumas horas e receba alta no mesmo dia ou no dia seguinte em uso de uma sonda de demora e após a sua retirada, a paciente precisa urinar espontaneamente com esvaziamento satisfatório da bexiga.
Os resultados da cirurgia de sling para incontinência urinária de esforço costumam ser positivos, com uma melhora significativa ou até mesmo a resolução completa dos sintomas em grande parte das pacientes. No entanto, é importante ressaltar que, como qualquer procedimento cirúrgico, existem riscos e complicações potenciais associados à cirurgia de sling, tais como infecção, rejeição do material da tela, dor crônica e dificuldade para urinar.
Os cuidados pós-operatórios após a cirurgia de sling incluem repouso relativo, restrição de atividades físicas intensas, uso de medicamentos analgésicos conforme orientação médica, acompanhamento regular com o cirurgião para avaliação da evolução do quadro e realização de exames de acompanhamento para verificar a eficácia do procedimento.
Em resumo, a cirurgia de sling é uma opção segura e eficaz para o tratamento da incontinência urinária de esforço em mulheres. É fundamental que a paciente esteja bem-informada sobre o procedimento, seus benefícios e possíveis riscos, e siga todas as orientações médicas para garantir uma recuperação adequada e obter os melhores resultados a longo prazo.